União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim
Valbom foi elevada à categoria de Vila a 3 de julho de 1986, sendo assim reconhecida pelas entidades públicas a capacidade da sua população, no campo Social, Cultural, Artístico e Laboral. Mais tarde, a 26 de janeiro de 2005 foi elevada à categoria de Cidade (consultar DR N.º18, I Série).
Com uma área de quatro quilómetros quadrados e cerca de vinte e sete mil habitantes, sobranceira ao Rio Douro na sua margem direita, esta Freguesia é das mais importantes do Concelho de Gondomar. De características urbanas por influência da vizinha cidade do Porto, a sua zona ribeirinha oferece ainda, apesar das múltiplas transformações operadas pela vida moderna, belos panoramas que não passaram despercebidos a vários autores literários.
Como marco histórico, há a assinalar a Convenção de Gramido celebrada em 1847 na Casa Branca, e em 1865 com o casamento da filha de Camilo Castelo Branco dando margem a que este escritor estivesse consecutivas vezes nesta Freguesia.
Uma terra com grandes potencialidades e tradições que tem nas antigas e prestigiosas indústrias de marcenaria e ourivesaria a sua maior expressão. Pode dizer-se que a boa qualidade na arte dos móveis e filigranas, constituem uma importante e crescente fonte de exportação para o País, espelhando-se por todos os cantos do Mundo numa autêntica propaganda do Concelho de Gondomar e de Portugal.
A agricultura, o comércio, o artesanato, bem como outras indústrias, em particular as de curtumes, metalomecânica, panificação e de artefactos de couro, constituem as áreas de maior implantação.
Muito antes da sua predominância nos ramos referidos, Valbom era uma freguesia que subsistia da faina piscatória, que entrou em decadência após a introdução das chamadas artes novas. Os processos utilizados para esta faina, eram feitos de modo artesanal. Os barcos tornaram-se famosos através dos tempos e, ainda agora, são construídos servindo de modelos para outros centros piscatórios.
O Valboeiro conforme ficou designado era um tipo de embarcação utilizado. Neste momento, embora continue a representar uma das atividades económicas da freguesia, a pesca deixou de ter a importância que outrora teve, embora se continue a pescar o sável, a lampreia, a tainha, o muge, a enguia, etc.
Descrição heráldica
Simbologia e alusão das peças